06/04/2022
Segundo investigação, criminosos se passavam por pessoas próximas às vítimas. Agentes cumprem mandados de busca e apreensão em Goiás e Tocantins, por determinação Justiça do DF.
A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (5), uma operação contra um grupo suspeito de realizar golpes no WhatsApp. Os agentes cumpriram três mandados de busca e apreensão em endereços localizados em Goiás e Tocantins, por determinação da 1ª Vara Criminal de Brasília.
Segundo as investigações, as vítimas eram, principalmente, idosos, e foram induzidas a fazer depósitos via PIX para os criminosos (veja conversa acima). Os suspeitos usavam contas no aplicativo com fotos de parentes das vítimas e demonstravam conhecer detalhes da dinâmica familiar.
Por isso, de acordo com a polícia, o diálogo era convincente o suficiente para enganar as vítimas. Uma delas chegou a fazer três depósitos, totalizando um prejuízo de R$ 20 mil. O golpe só foi percebido quando os criminosos pediram uma quarta transferência.
A operação foi batizada de "Fake Twin" e conduzida pela 9ª Delegacia de Polícia, no Lago Norte. Os investigadores afirmam que, antes de iniciar os contatos, os criminosos buscavam conhecer a rotina familiar por meio de pesquisas em redes sociais.
Eles também costumavam selecionar vítimas de outros estados para dificultar o processo investigativo. No caso mostrado na conversa acima, os criminosos estavam em Tocantins e os responsáveis por receber o dinheiro moravam em Goiânia, Goiás.
Em um dos celulares apreendidos, os policiais encontraram três listas de transmissão com mais de 150 participantes, totalizando 450 pessoas. Essas listas eram usadas para buscar pessoas que teriam interesse em "alugar" a conta corrente para receber os valores desviados das vítimas.
Geralmente, segundo as investigações, elas recebiam 10% do dinheiro obtido por meio do golpe. O restante dos valores era sacado e entregue aos golpistas.
As pessoas que emprestaram as contas serão responsabilizadas pelo crime de lavagem de dinheiro, de acordo com a Polícia Civil. A pena varia entre três e dez anos de prisão.
Os demais envolvidos foram indiciados pelos crimes de fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e associação criminosa, com penas que, somadas, podem alcançar 26 anos de reclusão.
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Fonte: Sthefanny Loredo e Iana Caramori, TV Globo e g1 DF
FAP/DF