16/08/2022
País tem hoje 7 milhões de trabalhadores acima de 60 anos, e a força de trabalho no país deverá ficar cada vez mais nas mãos de quem é experiente.
O envelhecimento da população brasileira tem acentuado uma tendência no mercado de trabalho. Há cada vez mais idosos em busca de emprego.
O executivo de moda Sylvio Amaral Rocha Júnior teve que trocar o apartamento em que morava por um quarto na casa da mãe dele. Com 68 anos, está sem emprego há mais de dois.
“Eu tenho vontade, tenho necessidade e tenho competência para trabalhar. Eu tenho cabeça para isso”, diz Sylvio.
Com 64 anos, o designer de produtos Paulo Ferrari abriu mão da carreira de publicitário para voltar ao mercado de trabalho. Foi contratado como atendente de um banco, e já recebeu duas promoções.
“Na hora em que apareceu uma oportunidade onde a chance era trabalhar diretamente com pessoas, isso, para mim, foi um ganho muito legal”, conta Paulo.
O Brasil tem hoje 7 milhões de trabalhadores acima de 60 anos. E a força de trabalho no país deverá ficar cada vez mais nas mãos de quem é experiente.
Uma projeção da Fundação Getúlio Vargas mostra que, em 2040, 57% dos trabalhadores terão mais de 45 anos. E uma pesquisa inédita de uma plataforma de emprego para quem tem mais de 50 anos indica que 57% das empresas querem contratar essas pessoas.
“Elas entendem a importância, que isso vai afetar o futuro dos negócios em breve, e que elas vão ter que fazer algo a respeito. E para os 50 mais, também entender que tem de se adaptar para o novo mundo do trabalho. Toda a minha experiência é muito válida, mas eu não posso ficar muito apegado àquilo. Eu preciso olhar para as novidades e me mexer, me atualizar”, explica Mórris Litvak, fundador da Maturi.
Comprometimento, maturidade emocional, conhecimento, experiência. São inúmeras as qualidades dos profissionais que tê, mais idade. Pensando nisso, uma empresa resolveu abrir um processo seletivo específico para contratar quem tem mais de 55 anos. E, nos últimos dois meses, já foram 52 vagas preenchidas.
“Quando você mistura as jovens gerações com as gerações mais sênior num ambiente de troca, de compartilhamento de informação, de conhecimento, todo mundo sai ganhando. A empresa sai ganhando porque vai ter um grupo mais apto a ser inovador, a tomar melhores decisões, e as pessoas também saem ganhando porque aprendem umas com as outras. Não é o fato de ser mais sênior que você não vai aprender com quem é mais jovem, e o contrário, também”, diz Rosana Aguiar, gerente de RH.
Analista de prevenções a fraude, Marcelo Gouveia é um dos contratados.
“Independentemente da dificuldade que você tem de se recolocar no mercado, você tem que se atualizar, né? Dentro da sua especialidade, do seu perfil, você tem que estar constantemente se atualizando. Eu agradeço imensamente pela oportunidade que me deram, né? Agarrei com as duas mãos e segui em frente”, afirma Marcelo.
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Fonte: G1
FAP/DF