24/04/2023
Apesar de vantagens, como maior flexibilidade de horários e autonomia, trabalhadores que tocam carreira por conta própria têm desafio de preparar sua aposentadoria, contribuindo para o INSS desde o início
Cabeleireiros, confeiteiros, fotógrafos, advogados, esteticistas, influenciadores digitais: são muitas as carreiras desempenhadas por trabalhadores autônomos. Em todo o país, 25,1 milhões de brasileiros tocam uma carreira por conta própria, o equivalente a 25% do total de pessoas ocupadas, como mostrou a última edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), do IBGE. No dia a dia de vantagens, como maior flexibilidade nos horários e autonomia na execução das funções, no entanto, esses profissionais enfrentam um desafio: a instabilidade da renda, que impacta não apenas o orçamento do presente mas também o futuro, como o planejamento da aposentadoria.
Para evitar um cenário de vulnerabilidade financeira, seja na velhice ou em caso de problemas de saúde ou acidentes ainda no curso da vida profissional, construir um planejamento previdenciário é imprescindível, mas exige, antes de tudo, que as finanças atuais sejam organizadas. É o que aponta Myrian Lund, planejadora financeira e professora da FGV:
— O autônomo hoje é quem mais precisa de planejamento financeiro. Quem trabalha numa empresa, em geral, tem seguro de vida, Fundo de Garantia (FGTS), contribuição ao INSS, ou seja, uma série de condições que o autônomo não tem.
Myrian compara a situação de quem trabalha por conta própria com a de um trabalhador celetista, que tem um salário bruto, mas recebe o líquido, após serem abatidos descontos que incluem a contribuição previdenciária.
— O autônomo tem que pensar da mesma forma. A cada trabalho, é preciso tirar um percentual definido, que tem que variar de 10% a 20%, e reservá-lo para aposentadoria. E precisa fazer isso desde o início, se não, corre o risco de chegar numa determinada idade sem renda.
O primeiro passo, segundo a professora, é começar a contribuir ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Na hora de optar por um dos regimes, ela defende que o autônomo contribua com o valor equivalente ao que recebe atualmente, sempre próximo ao teto, se possível.
— Se esse trabalhador recebe R$ 10 mil, tem que pagar para receber o teto (hoje de R$ 7,5 mil). Se ganha R$ 4 mil, deve contribuir acima desse patamar — orienta. — O INSS é a única previdência no Brasil com renda vitalícia, uma garantia durante a sua vida e uma garantia também lá na frente de pelo menos ter uma renda.
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Fonte: EXTRA economia
FAP/DF