Segundo IBGE população acima de 60 anos passa de 32,9 milhões no Brasil; no DF são 303 mil idosos, equivalente a 10% da população. Especial "Falas da Vida", comandado por Zezé Motta, mostra histórias de cinco pessoas que representam idosos do país.
O Dia Internacional dos Direitos das Pessoas Idosas é comemorado nesta sexta-feira (1º). A data foi criada por iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1991, para tratar dos direitos dos idosos e criar espaços de debate sobre a importância de preservar o respeito e a dignidade na terceira idade.
De acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 32,9 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. No Distrito Federal, são 303 mil idosos, o que equivale a 10% da população.
Pensando neste público, a TV Globo apresenta o programa Falas da Vida. Comandado pela atriz e cantora Zezé Motta, de 77 anos, o especial mostra a histórias de cinco personagens que representam os idosos brasileiros (conheça os personagens mais abaixo).
O programa vai ao ar nesta sexta, logo após a novela Império. O especial também será exibido no canal GNT, na segunda-feira (4).
Quem são os personagens de "Falas da Vida"?
Bebel
Bebel tem 75 anos e mora com um filho, a nora, três netos e um bisneto. É a mola propulsora dessa família multigeracional que vê nela a grande inspiração e orgulho para todos eles.
Nascida em um povoado dos Lençóis Maranhenses, a palavra de ordem de dona Bebel é a educação. Professora desde muito jovem, foi a responsável pela alfabetização da região onde mora.
Além de educadora, a vida mostrou pra Bebel um caminho diferente do que ela estava acostumada: a saúde. Ela abraçou o desafio, passou em um concurso público na área e se tornou uma figura central no apoio às necessidades da sua comunidade.
Tanto trabalho e dedicação não impediram que essa pequena grande mulher criasse seis filhos, 15 netos e 11 bisnetos, por enquanto.
Chicão
Aos 89 anos, Chicão vive numa Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI). Ele escolheu o trabalho como meta de vida, e já foi pedreiro, ajudante geral e faxineiro.
Apaixonado pela Folia de Reis, recorda com alegria seus tempos de folião. A gaita e o cavaquinho são suas paixões.
Diariamente, Chicão cuida do abacateiro do jardim. Tem dias que colhe até 15 abacates com uma engenhosa tranquitana inventada por ele. Alto astral e alegre, agradece profundamente pelo teto que tem, e às pessoas do residencial são sua grande família.
Gracinda
Gracinda, de 72 anos, encontrou nas faxinas o seu combustível para a vida. A ex-bancária, casada, mãe de cinco filhos, tinha uma vida estabilizada e confortável, até que a separação a levou a uma depressão profunda.
O balde, a vassoura e o pano de chão se tornaram seus grandes aliados, e, além da arrumação externa que eles proporcionavam, fizeram uma limpeza na dor do seu coração. O orgulho pelo seu novo trabalho inspirou netos e pessoas próximas, e trouxe novos horizontes para sua vida.
Atualmente, Gracinda desfila, é modelo e foi 3º lugar no Miss Jacarepaguá.
Joãozinho Carnavalesco
Joãozinho, de 74 anos, flertou com o sucesso durante muito tempo da sua vida, fez parte do Trio Mocotó, Originais do Samba e segue carreira solo desde 1992. "Não adianta", de Fritz e Aluísio, foi sua primeira gravação lançada em 17 países.
Ele é compositor de "Alegrias de domingo", junto com Maurinho da Mazzei, regravada diversas vezes. Seu grande sonho sempre foi ser reconhecido por suas obras.
Atualmente, vive com a renda de um salário mínimo e pequenos cachês de shows que ficaram mais raros nesses tempos de pandemia. A carreira sempre foi sua prioridade, e na esteira dessa vida ficaram quatro filhos.
Regina
Com 65 anos de idade, Regina pode dizer que passou 60 anos totalmente dedicados a cuidar de alguém. Ela criou todos os irmãos, ela é a terceira filha de 15.
Casou, teve dois filhos biológicos e uma filha de criação, por quem nutre um grande amor. Quando os filhos ainda eram pequenos, seu marido, se tornou alcoólatra e durante toda sua vida Regina cuidou dele.
Há mais de sete anos, cuida da sogra com Alzheimer. Regina é forte, o sorriso está presente no seu rosto, a forma leve como a encara os obstáculos que a vida impôs vão inspirar o público a sacudir a poeira e dar a volta por cima.
Fonte: Brenda Ortiz, g1 DF
FAP/DF