Data lembrada nesta segunda-feira (11) é alerta para mudanças de hábitos. "Além da alimentação, existe todo um contexto, como controlar estresse e ter boa quantidade de sono", diz médica.
Nesta segunda-feira (11), é celebrado o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, o excesso de peso atinge 96 milhões de pessoas.
No Distrito Federal, conforme os números do serviço de Atenção Primária à Saude, o problema foi registrado, no ano passado, em 55,04% dos idosos, 50,4% das gestantes, 34,98% dos adolescentes, 27,9% das crianças de 5 a 10 anos de idade e 7,87% das crianças abaixo dos 5 anos atendidas.
Para enfrentar a obesidade, os postos de saúde fazem um trabalho multidisciplinar que envolve nutricionistas, psicólogos, endocrinologistas e cardiologistas. "A porta de entrada para o tratamento na rede são as Unidades Básicas de Saúde. É onde os pacientes, que muitas vezes procuram a assistência médica por queixas diversas, recebem o primeiro acompanhamento para tratar a obesidade", explica a Secretaria de Saúde.
"Não basta só fazer dieta e atividade física: existe todo um contexto, como controlar o estresse, ter uma boa quantidade de sono e ingestão de água" diz a endocrinologista Alexandra Rubim.
A médica é gerente do gerente do Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (CEDOH). No local, uma equipe acompanha o paciente "em diversos aspectos da vida", diz ela. Um dos últimos recursos é o encaminhamento para cirurgias bariátricas que ocorre apenas quando, após analisar o paciente, a equipe dá o aval para a intervenção.
"A pessoa fica envergonhada, se sente julgada. Quando ela chega a um serviço de saúde onde ela é acolhida, onde ela é ouvida, isso traz todo um impacto diferente", aponta Alexandra.
Segundo a nutricionista Caroline Rebelo, que gerencia o Serviço de Nutrição da Secretaria de Saúde, "a obesidade não é apenas uma questão de força de vontade. Depende do ambiente em que a pessoa está inserida, depende da oferta de alimentos no ambiente em que a pessoa reside ou trabalha". Ela conta que, muitas vezes, toda a alimentação de uma família deve ser modificada.
"É uma doença multifatorial, então não existe um fator que seja mais importante do que outro para o desenvolvimento da obesidade. Pode envolver questões psicológicas, uso de medicamentos, mau hábito alimentar, sedentarismo", diz a nutricionista.
Para Caroline, ações educativas, de esporte, de lazer, de transportes e até de segurança pública entram no enfrentamento à obesidade como uma doença em expansão. "Não é possível realizar o enfrentamento da obesidade sem que haja ações intersetoriais", explica.
"Não sou magra, nem sou gorda"
A moradora do Guará, Regina Lopes, é acompanhada pela rede pública há dois anos. Ela tem 53 anos, mede 1,57m de altura e chegou a pesar 106 quilos.
O tratamento começou na UBS 1, perto da casa de Regina. Ao procurar o posto porque pensava estar "com outra doença", ela foi atendida por um médico que, ao constatar a obesidade, encaminhou a paciente para o Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão.
"Se todo profissional de saúde agisse dessa forma, talvez o índice de obesidade no Brasil não tivesse tão alto. Entre o paciente e o profissional de saúde tem que existir a sinceridade. Entre os familiares também deve existir isso", diz Regina.
No CEDOH, ela foi acompanhada por nutricionista, endrocrinologista, psicólogo e terapeuta. "Foi um período de muito acolhimento e de muito trabalho, um trabalho árduo", conta.
Com cuidados na alimentação e exercícios físicos, Regina se sente feliz com os resultados. "Eu não sou magra, nem sou gorda. Eu estou em um peso bacana. Estou me sentindo bem".
Como calcular os níveis de obesidade?
A obesidade é um fator de risco para doenças cardiovasculares, distúrbios musculoesqueléticos, problemas psicológicos e câncer. A preocupação aumentou com a pandemia do novo coronavírus que colocou as pessoas obesas como grupo de risco por apresentarem mais complicações, mais tempo de internação e maior índice de óbitos.
O critério para saber se uma pessoa é obesa, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é o Índice de Massa Corporal (IMC). Para calcular o índice, é preciso dividir o peso, em quilos, pelo quadrado da altura, em metros: IMC = peso (massa) / altura2.
O resultado mostra quatro estágios:
Excesso de peso: IMC igual ou superior a 25 kg/m²
Obesidade grau 1: IMC maior que 30 kg/m² e menor que 35 kg/m²
Obesidade grau 2: IMC maior que 35 kg/m² e menor que 40 kg/m²
Obesidade de grau 3 / ou obesidade mórbida: IMC maior que 40 kg/m²
Exemplo: a pessoa que pesa 100 quilos e mede 1,60 m de altura tem que dividir 100 por 1,6 X 1,6 = o resultado é 39, ou seja, obesidade grau 2.
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Fonte: G1 DF
FAP/DF