Pela manhã, manifestação foi no Banco Central; funcionalismo pede reajuste salarial e novos concursos. Vice-presidente Hamilton Mourão disse que espaço orçamentário para conceder aumento a diferentes categorias é "muito pequeno".
Servidores públicos de mais de 40 órgãos federais, como Anvisa, representantes de professores, bancários, funcionários da Justiça, da Receita Federal, peritos agrários e trabalhadores da Fiocruz realizaram uma manifestação em frente ao Ministério da Economia, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na tarde desta terça-feira (18). Foi o segundo ato no mesmo dia – pela manhã, um grupo já havia feito um protesto em frente ao Banco Central.
Os servidores pedem reajuste salarial de 19,99%, que seria o índice retroativo desde 2019, ano em que começou o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). No entanto, algumas categorias, como professores e servidores da Anvisa, não recebem correção há mais tempo, por isso pedem reajustes maiores, que variam entre 26% e 28%. O funcionalismo ainda quer a realização de novos concursos e a reestruturação das carreiras.
O Ministério da Economia não falou sobre o protesto. Já o vice-presidente Hamilton Mourão disse, pela manhã, que o espaço orçamentário para conceder aumento a diferentes categorias de servidores é "muito pequeno"
Isonomia com reajuste para policiais
Os servidores pedem isonomia em relação ao tratamento dado pelo governo Bolsonaro para os policiais. No orçamento da União para 2022, estão previstos reajustes apenas para as carreiras da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), num total de R$ 1,7 bilhão.
Outros R$ 800 milhões foram destinados para reajuste do piso salarial para agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias.
O protesto, que começou às 14h e terminou perto das 16h, teve faixas, barulho de vuvuzelas e até fantasias do ministro de Economia, Paulo Guedes. Também houve palavras de ordem contra o governo e dinheiro de brinquedo atirado para o alto.
O senhor Edison Haubert do Instituto Mosap, também compareceu ao ato de manifestação em apoio aos servidores públicos.
No fim da manifestação, foi entregue uma carta assinada pelo coordenador geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Carlos David de Carvalho Lobão, reivindicando ainda o arquivamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32, que discute a reforma administrativa, que muda regras para os funcionários públicos.
Além disso, o Sinasefe pede a revogação da Emenda Constitucional (EC) 95/2016, que limita as despesas com saúde, educação, entre outros.
O trânsito na Esplanada dos Ministérios não precisou ser bloqueado. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) acompanhou o ato.
Espaço "muito pequeno" para reajustes
O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta terça-feira (18) que o espaço orçamentário para conceder aumento a diferentes categorias de servidores é "muito pequeno" e que o presidente Jair Bolsonaro ainda não bateu o martelo sobre o reajuste a agentes de saúde e segurança.
"Não sei nem se o presidente vai conceder isso aí [aumento para segurança e saúde]. Vamos aguardar. O presidente não bateu o martelo sobre isso aí ainda e o espaço orçamentário é muito pequeno", disse Mourão.
Questionado sobre a extensão do aumento para outras carreiras, Mourão disse que "não tem espaço no orçamento para isso".
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Fonte: G1
FAP/DF