O trabalhador que pediu um benefício por incapacidade, como o auxílio-doença, e não conseguiu uma resposta sobre a concessão até as 21h do dia da perícia médica do INSS precisa ficar atento. A falta de resposta indica que há algum erro nos dados ou faltou alguma informação que está impedindo a liberação do benefício.
De acordo com o INSS, de janeiro a junho deste ano, 650.477 trabalhadores estiveram nesta situação. O procedimento para resolver pendências após a perícia médica é chamado de acerto pós-perícia e é informado pelo portal Meu INSS.
Segundo o advogado Wilker Gustavo Marques, esse acerto já era feito nas agências do INSS e, agora, é realizado de forma virtual.
"[O segurado] fazia a perícia, ia para o balcão fazer os acertos cadastrais, apresentava carteira de trabalho, RG, CPF, endereço, arrumava tudo ali. Como não tem mais os servidores dentro da agência, ele vai ter que fazer de forma online", diz.
Para solicitar o serviço, o trabalhador que estiver sem resposta sobre o seu benefício deve ligar, no dia seguinte à perícia, para o 135 e pedir para que o atendente verifique se há alguma pendência a ser cumprida.
Se houver, pergunte quais documentos precisará enviar e, depois, vá no Meu INSS, na opção "Agendamento/Solicitações". Pelo portal, encaminhe os documentos digitalizados ou fotografados com boa resolução.
O INSS afirma que, geralmente, são pedidos documentos cadastrais (como RG e CPF), documentos que comprovem vínculo com o trabalho ou a data do último dia de trabalhado.
Caso o INSS demore para dar uma resposta, o segurado pode abrir uma reclamação com a ouvidoria do órgão ou entrar com uma ação judicial. Neste último caso, será preciso contar com a ajuda de um advogado, público ou particular, para pedir o mandado de segurança, exigindo retorno imediato do INSS.
Fonte: Ana Paula Branco (Jornal Agora São Paulo)